Atualizado: 03/04/2023 - 23:50
Com declarações controversas sobre justiça social e ex-presidentes brasileiros, Sumo Pontífice desagrada católicos conservadores e causa debate sobre o papel da Igreja Católica na política.
O Papa Francisco expressou preocupação com o avanço da "ultradireita" em todo o mundo durante uma entrevista ao canal argentino de extrema esquerda C5N. Ele usou um versículo bíblico para justificar seu posicionamento social, atrelado ao comunismo. Quando questionado sobre o "antídoto" para combater a ultradireita, o Papa argumentou em favor da justiça social. Ele explicou que essa é a única maneira de discutir com um político ou pensador da ultradireita.
O Papa Francisco também falou sobre como costuma responder quando perguntado se ele é comunista. Ele usou a passagem bíblica de Mateus 25 para justificar seu posicionamento e afirmou que sua carta de identidade é essa passagem. Ele afirmou que, se alguém quiser verificar se o autor de Mateus 25 era comunista, basta ler e verificar que a regra de conduta é ajudar os necessitados. Ele acrescentou que não importa se ele é rotulado como comunista ou não, a regra de conduta é ajudar os necessitados.
Na mesma entrevista, o Papa Francisco defendeu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em mais de três instâncias por corrupção, e a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment por crime de responsabilidade fiscal. Ele também compartilhou que participou de reuniões que tinham o objetivo de ajudar na libertação de Lula da cadeia. Essas declarações foram dadas durante uma entrevista em que o Papa expressou sua preocupação com a polarização política e a necessidade de abordar questões sociais importantes.