Atualizado: 22/03/2023 - 19:04
Produção de alimentos diminui e população sofre com insegurança alimentar enquanto regime de Kim Jong-un prioriza programa de armas
A Coreia do Norte está enfrentando um período de insegurança alimentar preocupante, o pior desde a década de 1990, quando ocorreu a Marcha Árdua que provocou a morte de entre 600 mil e 1 milhão de habitantes. Imagens de satélite indicam que a produção de alimentos do país vizinho ao sul teve um decréscimo de 180 mil toneladas em 2022 em comparação com o ano anterior, além disso, o próprio Programa Alimentar Mundial (PMA) alertou sobre secas e inundações que afetariam a produção agrícola. O país tem historicamente uma meta de autossuficiência alimentar, mas a dependência de bens importados, conflitos diplomáticos e clima adverso geraram um cenário de forte insegurança alimentar. A intensificação do isolamento norte-coreano durante a pandemia de Covid-19 e o fechamento completo da fronteira com a China agravam ainda mais a situação.
O ditador Kim Jong-un direciona recursos para o programa de armas norte-coreano em vez de melhorar as condições de vida da população. Organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch afirmam que o país vive uma crise humanitária, com milhões de cidadãos sofrendo de grave insegurança alimentar e falta de assistência médica. A Link, organização sem fins lucrativos que ajuda a alocar refugiados norte-coreanos na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, recebeu relatos confiáveis de que há pessoas morrendo de fome no país. Entretanto, a ditadura comunista não reconhece seus erros e considera a ajuda externa uma "armadilha de outros países para saquear e subjugar". A retórica barata de Pyongyang põe em risco as vidas de milhões de norte-coreanos.
Em resumo, a Coreia do Norte enfrenta uma grave crise humanitária e de insegurança alimentar, que pode ser a pior desde a década de 1990, com milhões de cidadãos sofrendo de fome e falta de assistência médica. O regime de Kim Jong-un prioriza o programa de armas em detrimento das necessidades básicas da população, intensificando o isolamento e a repressão. A retórica barata de Pyongyang, que considera a ajuda externa uma armadilha, agrava ainda mais a situação e coloca em risco as vidas de milhões de norte-coreanos.