Atualizado: 20/04/2023 - 15:01
Dados revelam que a área desmatada nos primeiros três meses de 2023 é equivalente a quase mil campos de futebol por dia. Amazonas lidera a lista dos estados mais afetados pela devastação.
Os índices de desmatamento na Amazônia aumentaram significativamente em março, resultando no segundo pior trimestre em pelo menos 16 anos. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) informou que, durante os primeiros três meses de 2023, 867 km² foram derrubados, equivalente a quase mil campos de futebol por dia de mata nativa. Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, oito apresentaram aumento no desmatamento em março, exceto Amapá. O Amazonas liderou a lista dos estados que mais devastaram a região amazônica em março de 2023, com uma alta de 767% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os municípios próximos à divisa com o Acre e com Rondônia, na região chamada de Amacro, foram os mais afetados pela atividade criminosa. No entanto, as proximidades das fronteiras com o Pará e o Mato Grosso também foram gravemente afetadas. O pesquisador Carlos Souza Júnior, do Imazon, alertou para a necessidade de atitudes coordenadas do governo federal e dos Executivos estaduais para evitar que a devastação siga avançando, especialmente em áreas protegidas e florestas públicas não destinadas.
O fim da impunidade nos casos de desmatamento ilegal e apropriação de terras públicas é vital para a preservação da Amazônia. O Amazonas concentra a maior parte da devastação na região em março, com Apuí sendo o município que mais derrubou a floresta amazônica, seguido por Novo Aripuanã e Lábrea. Esses três municípios são responsáveis por 71% da destruição registrada no estado. A situação é particularmente grave na unidade de conservação APA Triunfo do Xingu, no Pará, que perdeu uma área de floresta equivalente a 500 campos de futebol apenas em março.
É preciso tomar medidas urgentes para combater o desmatamento ilegal na Amazônia e preservar a floresta, que é fundamental para o equilíbrio ecológico do planeta. A colaboração entre governos, organizações ambientais e comunidades locais é essencial para atingir esse objetivo. A Amazônia é um patrimônio da humanidade e sua preservação deve ser uma prioridade global.