Quebra do SVB, o segundo maior banco dos EUA, ameaça startups americanas

O fechamento repentino do Silicon Valley Bank deixa capitalistas de risco e empreendedores sem recursos para honrar compromissos financeiros.

O Silicon Valley Bank (SVB) encerrou abruptamente sua rica história de 40 anos em uma das maiores quebras bancárias da história americana, com reguladores nomeando a FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) como interventora. O banco possuía US$ 212 bilhões em ativos no final do quarto trimestre e ocupava a 16ª posição entre os bancos americanos antes do colapso. A notícia representa o fim de uma era para o ecossistema de startups dos EUA após vários dias de caos, levantando incertezas sobre o futuro das startups e investidores que financiou e atuou como banco, abrangendo todo o ecossistema de capital de risco.

Para alguns, especialmente gestores de fundos menores e mais novos, as notícias do fechamento foram devastadoras. Muitos empreendedores e empresas de capital de risco (VC ou venture capital) disseram que as tentativas de sacar dinheiro do SVB foram tranquilas até a tarde da quinta-feira (9). Porém, quem tentou fazer resgates na noite da quinta e na sexta-feira, antes da intervenção, não sabiam quando receberiam o dinheiro.

O Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia informou que os depositantes segurados terão acesso total aos seus depósitos segurados até a manhã de segunda-feira (13), enquanto os depositantes não segurados receberão comprovantes para seus fundos remanescentes, que serão pagos como dividendos à medida que o FDIC venda os ativos do SVB. A quebra do SVB levanta preocupações sobre a estabilidade do setor bancário e sobre o futuro das startups e investidores que dependiam do banco para financiamento e serviços bancários.

Por Felipe Host